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Yamana cresce em ouro e entra em cobre

A Yamana Desenvolvimento Mineral vai concluir até 2007 investimentos de US$ 225 milhões em exploração no Brasil. Até lá, pretende colocar em operação a mina de Chapada, localizada em Alto Horizonte (GO), cujas reservas são estimadas em 907,2 mil toneladas de cobre e 40,4 toneladas de ouro. Este é o projeto mais ambicioso da 'junior' canadense Yamana Gold, que estima investimentos totais de US$ 170 milhões na jazida goiana.

O negócio de cobre fortalece a posição do Brasil, pois torna-se a terceira fonte do metal. Há no país a Mineração Caraíba, na Bahia, e desde 2004 a Vale, no Pará.

Até o fim de 2005, a empresa deve finalizar as instalações da mina de São Francisco, na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Com custo de US$ 46 milhões, a jazida tem vida útil de sete anos e meio, com produção estimada de 3,4 toneladas de ouro por ano.

Já mina de Chapada tem vida útil estimada em 19 anos e pode produzir, a partir de 2007, pelo menos 4,2 toneladas de ouro e 50 mil toneladas por ano de cobre contido. De acordo com Peter Marrone, presidente da Yamana Gold, os baixos custos de produção e a boa infra-estrutura local estimularam os investimentos.

A mineradora também tem a expectativa de que os preços das commodities metálicas permaneçam fortes nos próximos anos, disse Marrone. Todo o minério extraído de Chapada será destinado ao mercado externo. 'Será um dos maiores projetos de ouro do país.'

São Francisco e Chapada foram alguns dos ativos herdados pela Yamana ao adquirir a mineradora Santa Elina em meados de 2003. As ações da Yamana Gold são negociadas na Bolsa de Toronto e o seu valor de mercado saltou de US$ 8 milhões, há dois anos, para US$ 600 milhões em julho deste ano. Além de captar recursos no mercado, contraiu financiamentos de US$ 100 milhões em bancos internacionais para tocar os projetos.

Atualmente, opera duas jazidas de ouro: uma na Bahia e outra em Goiás. Fazenda Brasileiro, em Teofilândia (BA), marcou o início das operações da Yamana no Brasil. Foi adquirida em plena operação em junho de 2003 da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) por US$ 20,9 milhões. Na época, a Vale decidiu sair da exploração de ouro.

Já a Fazenda Nova, em Goiás, começou a operar em meados do ano passado e também fazia parte dos ativos da Santa Elina. Juntas, Fazenda Brasileiro, Fazenda Nova e São Francisco devem produzir até 5,3 toneladas de ouro em 2005. Em 2007, a meta da empresa é alcançar até 13,6 toneladas, incluindo a produção da jazida de Chapada.

A empresa canadense também faz estudos de viabilidade econômica para a Fazenda São Vicente, ao lado da jazida de São Francisco. Caso saia do papel, a mina de ouro exigirá investimentos de US$ 20 milhões. Por enquanto, a empresa destinará US$ 12 milhões anuais para pesquisa mineral nos próximos anos.

De acordo com Marrone, investidores canadenses já conheciam esses ativos minerais há pelo menos 12 anos. A Yamana ainda mantém uma pequena jazida de ouro na Argentina, que ficava perto de uma aldeia indígena, os Yamanas. Apesar de ter batizado a empresa, a região ainda não começou a ser explorada. 'A prioridade é a operação brasileira'.

Hoje a empresa possui mil funcionários no Brasil e faturou no ano passado US$ 32 milhões.

Fonte: Carplace
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Publicação: 15/07/2005

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