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Os processos atuais de nitretação permitem que uma grande variedade de aços possa ser submetida a essa prática de tratamento superficial, desde aços simplesmente ao carbono até aços ligados.
Quando o processo mais comum de nitretação era o processo a gás, foram desenvolvidos alguns tipos de aços contendo como elementos de liga fundamentais o alumínio, o cromo e o molibdênio, porque os mesmos, nas condições de nitretação gasosa, facilitavam a formação de nitretos estáveis à temperatura ambiente. Esses aços foram designados “Nitralloy” e são utilizados correntemente.
Os teores e os efeitos dos elementos de liga acima mencionados, além do carbono, são os seguintes:
- carbono – 0,30% a 0,45% - confere ao aço não só temperabilidade como também suporte adequado á camada nitretada extremamente dura e muito fina;
- alumínio e cromo – 0,85% a 1,20% e 0,90% a 1,80% respectivamente – são elementos que formam prontamente nitretos; quanto maior a quantidade desses elementos dissolvidos na ferrita, tanto mais fácil a difusão do nitrogênio e tanto mais espessa a camada nitretada para um tempo de nitretação determinado;
- molibdênio – 0,15% a 0,45% - diminui a fragilidade de revenido e confere resistência ao revenido às temperaturas de nitretação (não há revenido na nitretação; mas devido às temperaturas usadas no processo, poderia ocorrer o fenômeno da fragilidade de revenido, evitado pela presença do molibdênio).
- níquel – normalmente ausente, é adicionado em teores de 3,25% a 3,75%, quando se deseja um núcleo de dureza mais elevada
Tabela 69 – Efeito de elementos de liga em relação à formação de nitretos
Elemento |
Nitretos que se formam (com amônia) |
Efeito sobre o endurecimento superficial |
Manganês |
Mn3N5 |
Quase nulo |
Níquel |
- |
Sozinho, nulo |
Cromo |
Cr2N, CrN |
Forte |
Alumínio |
Al3N3 |
Muito forte |
Molibdênio |
- |
Medíocre; junto com o cromo, mais forte (aumenta a penetração) |
Tungstênio |
Nenhum |
Nulo |
Titânio |
TiN |
Bastante forte, máximo com o Cr |