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As chapas, grossas ou finas, e as tiras são produzidas por laminação a quente ou a frio, a partir de aços “efervescentes” ou “acalmados”.
Na maioria dos casos, utiliza-se aço efervescente, devido principalmente a problemas de custo. O desprendimento de CO e CO2 à medida que o aço resfria no interior das lingoteiras causa a diminuição do teor médio de carbono do lingote e produz segregação do restante do carbono assim como do fósforo e do enxofre em direção ao centro e à superfície do lingote. Essa segregação é responsável pela variação na composição e nas propriedades mecânicas que se verifica de uma chapa para outra e em diferentes secções da mesma chapa. Assim sendo, as chapas fabricadas a partir de aço efervescente não são rigorosamente controladas em sua composição química, nem apresentam grande uniformidade de propriedades.
Nos aços acalmados, caracterizados porque neles se adiciona suficiente quantidade de um forte desoxidante, geralmente alumínio, o desprendimento de gases é praticamente nulo, resultando um lingote uniforme e homogêneo, apenas com pequena segregação. As chapas produzidas a partir desses aços são, em conseqüência, de melhor qualidade, sobretudo quando destinadas a operações de conformação severa, como estampagem profunda e igualmente quando devem ficar sujeitas a longo período de estocagem. A principal vantagem dessas chapas é que elas estão menos sujeitas ao fenômeno de “envelhecimento” após deformação, isto é, mudanças de propriedades com o tempo.
Os aços acalmados são geralmente laminados a frio, embora possam ser ocasionalmente empregados no estado laminado a quente, resultando chapas de granulação fina, com propriedades mecânicas uniformes e superiores, mais vantajosas para operações de estampagem e de soldagem.