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Para a maioria das aplicações, o aço é de baixo carbono, havendo, contudo, importantes aplicações de aços de médio e alto carbono.
Na categoria dos aços de baixo carbono pode-se considerar o ferro comercialmente puro, cujo tipo mais comum é o chamado “ferro Armco”.
O ferro Armco, marca registrada pela “American Rolling Mills Company”, é um material de grande pureza, pois apresenta um teor de impurezas, inclusive o carbono, inferior a 0,16%. Uma análise típica é a seguinte:
Carbono – 0,012%
Manganês – 0,017%
Fósforo – 0,005%
Enxofre – 0,025%
Silício – traços
Propriedades mecânicas típicas são as seguintes:
Limite de escoamento ------------------------------18,0 a 22,5 kgf/mm2 (180 a 225 MPa)
Limite de resistência à tração --------------------- 29,5 a 35 kgf/mm2 (285 a 340 MPa)
Alongamento ---------------------------------------- 22% a 28% (até 40%)
Estricção --------------------------------------------- 65% a 78%
Dureza Brinell --------------------------------------- 82 a 110
Devido à sua dureza, o ferro Armco possui boa resistência à corrosão, característico esse que é consideravelmente melhorado por galvanização ou estanhação. A soldabilidade igualmente excelente, assim como a sua trabalhabilidade.
A maior parte do aço utilizado em chapas e folhas é, contudo, do tipo “de baixo carbono” ou “doce”, cuja composição obedece aproximadamente aos seguintes limites:
Carbono – 0,03 a 0,12%
Manganês – 0,20 1 0,60%
Fósforo – 0,04% (max.)
Silício – 0,15 (max.)
Outros elementos – tão baixos quanto possível
Esse aço tem propriedade semelhante às do ferro Armco, com vantagens quanto ao custo, visto não ser tão puro e ser de fabricação mais fácil.
São aços que apresentam a melhor trabalhabilidade tanto no que se refere à sua obtenção por laminação, como no que diz respeito à sua facilidade de conformação posterior. Evidentemente sua resistência à corrosão é inferior à do ferro comercialmente puro, devido à presença de maior teor do carbono, que aumenta a tendência à corrosão eletroquímica. Entretanto, a galvanização e estanhação contornam de modo satisfatório esse inconveniente. Por outro lado, uma pequena adição de cobre, em torno de 0,25%, melhora apreciavelmente a sua tendência à corrosão.
As porcentagens dos elementos considerados dependem grandemente das aplicações para as quais as chapas e as tiras são reservadas e dos tratamentos superficiais de proteção à corrosão aos quais serão submetidas.
Tabela 37 – Característicos de chapas finas e tiras de baixo carbono
Especificação de qualidade |
Especificação aplicável ASTM |
Tipo AISI-SAE |
Forma do produto |
Faixa de espessura normalmente disponível |
Laminadas a quente |
|
|
|
|
Comercial |
A569 |
1008-1012 |
chapa fina tira |
1,50-5,82 0,86-5,82 |
|
A635 |
1008-1012 |
chapa fina tira |
5,84-12,70 0,86-5,82 |
|
A659 |
1015-1023 |
chapa fina tira |
1,50-5,82 0,86-5,82 |
Estampagem |
A621 |
1006-1008 |
chapa fina tira |
1,91-4,75 - |
Estampagem especialmente acalmada |
A622 |
1006-1008 |
chapa fina tira |
1,91-4,75 - |
Estrutural |
A570 |
nenhum |
chapa fina tira |
- - |
Laminadas a frio |
|
|
|
|
Comercial Classe 1 (encruada por laminação a frio) |
A366 |
1008-1012 |
chapa fina |
0,64-2,79 |
Classe 2 (totalmente recozida) |
A366 |
1008-1012 |
chapa fina |
0,64-2,79 |
Estampagem especialmente acalmada Classe 1 (encruada por laminação a frio) |
A620 |
1006-1008 |
chapa fina |
0,64-2,79 |
Classe 2 (recozida totalmente) |
A620 |
1006-1008 |
chapa fina |
0,64-2,79 |
Estrutural |
A611 |
1006-1008 |