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A tendência moderna no sentido de utilizar estruturas cada vez maiores, tem levado os engenheiros, projetistas e construtores a considerar o emprego de aços cada vez mais resistentes, para evitar o uso de estruturas cada vez mais pesadas. Tais considerações não se aplicam somente ao caso de estruturas fixas, como de edifícios ou pontes, mas igualmente e principalmente em estruturas móveis, no setor de transportes, onde o maior interesse se concentra na redução do peso-morto da estrutura. Em resumo, tais aços são de grande utilidade toda a vez que se deseja:
a) aumentar a resistência mecânica, permitindo um acréscimo da carga unitária de estrutura ou tornando possível uma diminuição proporcional da secção, ou seja, o emprego de secções mais leves;
b) melhorar a resistência à corrosão atmosférica. Esse é um fator importante a considerar, porque a utilização de secções mais finas pode significar vida mais curta da estrutura, a não ser que a redução da secção seja acompanhada por um aumento correspondente da resistência à corrosão do material;
c) melhorar a resistência ao choque e o limite de fadiga;
d) elevar a relação do limite de escoamento para o limite de resistência à tração, sem perda apreciável da ductilidade.
É preciso insistir no fato de que os efeitos acima devem ser conseguidos sem afetar muito a trabalhabilidade e a soldabilidade do aço. Realmente, as aplicações desses materiais em estruturas fixas de edifícios, pontes, reservatórios ou empregos semelhantes e em estruturas móveis, no campo do transporte (indústria automobilística, ferroviária, aeronáutica etc.) exigem:
a) que os aços possam ser fabricados facilmente e economicamente por deformação mecânica a frio ou a quente, além de poderem sofres rapidamente deformações e operações tais como dobramento, corte, furação, rebitagem e qualquer tipo de usinagem;
b) que possam ser facilmente soldados pelos processos normais de soldagem, devendo ainda a solda resultante apresentar suficiente resistência e ductilidade, correspondentes pelo menos à do aço comum.
Os aços estruturais de alta resistência podem ser divididos em quatro grupos:
- aços laminados carbono-manganês;
- aços laminados de alta resistência e baixo teor em liga (aços microligados);
- aços-carbono tratados termicamente (normalizados ou temperados e revenidos);