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Inicialmente, é preciso lembrar que as propriedades mecânicas dos ferros fundidos dúcteis contendo nódulos bem formados dependem da estrutura da matriz, o que é oposto aos ferros fundidos cinzentos, onde a resistência é principalmente controlada pela forma e tamanho dos veios de grafita.
No processo de produção de ferros nodulares, podem surgir alguns problemas criando dificuldades, as quais podem afetar a qualidade do material. Alguns desses problemas são citados a seguir:
- flutuação de nódulos de grafita, o que juntamente com o aparecimento de bolhas em combinação com escória podem produzir um acabamento superficial inadequado. Esse defeito é causado pelo vazamento de ferro de composição hiper-eutética e é agravado pela presença de grandes secções, em que a velocidade de esfriamento é menor;
- estrias de escória que compreendem compostos de óxido/sulfato/silicato de magnésio. Sua formação se dá e é agravada pela prática de vazamento, sobretudo quando se vaza metal mais frio;
- bordas de grafita escamosa, as quais podem ocorrer nas superfícies das peças. Se elas não forem removidas por usinagem, podem causar redução localizada de propriedades mecânicas;
- segregação de fósforo, que pode ocorrer devido a uma reação molde/metal, resultante do emprego de catalizadores ácidos em sistemas de moldagem quimicamente aglutinados. O ácido fosfórico é geralmente usado para substituir ácido sulfônico em situações onde a quantidade de fumaças de dióxido de enxofre e sulfeto de hidrogênio gerada após a fundição é inaceitável;
- casca de óxido retida, seguindo-se ao tratamento térmico e retida após a limpeza a jato. Essa retenção pode ter efeitos adversos na usinabilidade pelo maior desgaste das ferramentas de corte. Por outro lado, o emprego de um processo mais forte de limpeza a jato pode reduzir a ductilidade do material, criando-se condições para uma possível fissuração.